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domingo, 31 de maio de 2015

50#Candomblé - Djama Corrêa - 1977


Texto da Contracapa:


"Como músico e estudioso da cultura afro-brasileira, sempre considerei de fundamental importância a documentação do riquíssimo repertório oral dos povos de descendência africana no Brasil. Este é o primeiro de uma série de LPs que mostrará cânticos rituais das diversas nações que aqui chegaram, provenientes das mais diversas regiões da África. No presente trabalho reproduzimos elementos do candomblé do grupo Ketu, originário do oeste da Nigéria, e que, juntamente com outros grupos da cultura iorubá-nagô, tais como os oyó, egbádo, ijexá e sabê, sobreviveu com uma estrutura própria, vindo a influenciar - apesar de também assimilar elementos da cultura gêgê (Daomé) - as outras nações, exercendo um papel de destaque e predominância no cenário religioso nacional. Através da preservação de suas tradições sacras, os iorubas conseguiram sobreviver como cultura viva e dinãmica através destes séculos. O registro é oportuno, dado às inevitáveis mudanças e transformações ocorridas na sociedade global. A festa pública no terreiro inicia-se dentro do barracão com o padê (despacho para Exu), seguindo-se o xirê, cerimônia que corresponde a um convite aos orixás (divindades do panteão nagô) para que compareçam incorporando seus "filhos" (iniciados no culto). A saudação às divindades obedece a uma hierarquia própria: a abertura pertence a EXU, primeiro orixá dentro da casa de candomblé, respeitadíssimo por servir como intermediário entre os deuses e os homens, sendo que sem o seu consentimento nada se realiza. Sauda-se Exu dizendo Laroiê! A seguir canta-se para OGUN, orixá patrono do ferro e das ferramentas, senhor da guerra - Ogunhê! OXOSSI, patrono da caça e dos caçadores, com Okê Arô! OSSANHA, senhor da vegetação, das ervas e das folhas, das poções medicinais e rituais - Eu uêu; OBALUAÊ ou OMOLÚ, patrono das doenças de pele, especialmente a varíola - Atotô!; OXUMARÊ, o arco-íris, que relaciona os dois elementos-terra e infinito -, cuja saudação é Orroboboi!; XANGÔ, deus do trovão e do raio, orixá da casa real de Oyó, Nigéria, símbolo da dinastia - Kawô Kabiesilê!; IANSÃ, deusa dos ventos e tempestades, patrona soberana dos mortos, saudada por Eparrêi!; OXUM, orixá da água, da fertilidade e das riquezas - Ora iê iê ô!; NANÃ ou NANÃ BOROCÔ, a mais velha dos orixás da água e da terra, das fontes, do barro e da agricultura - Salubá! IEMANJÁ, orixá-mãe, deusa das águas, cuja saudação é Odoiá!; EUÁ, santa guerreira, uma das mulheres de Xangô, sendo sua saudação Ri Ró!; OBÁ, terceira mulher de Xangô, guerreira temida, deusa do rio Obá (África) - Obá xi!; e o último e mais importante orixá do complexo nagô, OXALÁ, também chamado ORIXALÁ e OBATALÁ, princípio da simbologia do branco, deus da criação, da justiça e da harmonia, marido de NANÃ e pai de todos os orixás, cuja saudação é Êpa Babá! Reza a tradição que seja contado o mínimo de três e o máximo de sete cantigas para cada divindade. Devido ao espaço decidimos gravar apenas uma para cada orixá, optando pela smenos conhecidas, ainda inéditas em disco. No candomblé Ketu usa-se o dialeto iorubá, herdado oralmente, o que poderá acarretar controvérsias quanto à pronúncia correta. Vale aqui ressaltar o fato da tradição oral preservar fundamentalmente o som da palavra. Os instrumentos utilizados são três atabaques de diferentes tamanhos: o RUN (grande), o RUMPLI (médio) e o LÊ (pequeno), além do GÃ (agogô). As pessoas que participam desta gravação - alabês (tocadores) e "filhas" de santo - pertencem às mais tradicionais e respeitadas casas de cultoi afro da Bahia. DJALMA CORRÊA" 


 Ficha Técnica: Coordenação de Produção: Roberto Santana Direção de Produção: Djalma Corrêa Capa, Fotos e Texto: Djalma Corrêa 
Atabaques: Vadinho, Dudu, Alcides. 
Vozes: Alice, Eliana, Vadinho, Dudu, Alcides. 

Comentário: [...] "um grande estudioso e batalhador do resgate e do registro de várias manifestações dos cultos brasileiros e neste disco contribui com o registro do grande alabê Vadinho do Gantois, acompanhado por outros excelentes músicos de outras casas da Bahia." [...] 

Fonte: http://tempomusica.blogspot.com.br/2011/09/djalma-correa-candomble-1977.html



Lado A:
01-Exu
02-Ogum
03-Oxossi
04-Ossanha
05-Obaluaê
06-Oxumaré
07-Xango.

Lado B:
01-Oxum
02-Nanã
03-Yemanja
04-Euá
05-Obá
06-Oxalá
07-Avania




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